quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Resenha: A Essência do Mal - Luca D'Andrea

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Após diversas tentativas falhas de fazer sucesso com documentários sobre bandas de rock, Jeremiah Salinger e seu fiel parceiro e amigo Mike, têm um insight e decidem filmar a vida dos roadies das grandes bandas de rock 'n roll:

"O suor por trás dos palcos: Road Crew, o lado obscuro do rock' n'roll"


E assim, depois de exaustivas horas de filmagem -durante vários dias- o sucesso foi certo. Jeremiah conhece uma bela mulher, Annelise, casou-se com ela e logo depois surgiu sua pequena filha, Clara.



Com a família formada, eles decidem tirar férias voltando para o vilarejo onde Annelise havia crescido, ficando longe de tudo e de todos. O vilarejo era pequeno e coberto de neve, em uma conversa com seu sogro ele escuta toda a história dos socorristas da montanha e de todas as mortes que haviam acontecido e as que eles haviam evitado.



Não demorou muito para que Salinger tivesse outro insight e decidisse fazer um documentário sobre os resgates na montanha, Mike topou na hora e os dois começaram a trabalhar juntos nisso.

Em um dia de filmagem, as coisas saem do normal quando Mike - câmera- adoece e Salinger - responsável pelo roteiro- precisa tomar seu lugar em um dos resgates, ele só não sabia que a partir desse dia sua vida mudaria para sempre.


Durante o resgate, acontece uma avalanche que destrói o helicóptero e mata todos os integrantes do grupo de resgate que estavam na ação. Salinger é o único sobrevivente, ele se sente extremamente culpado por estar vivo e acaba querendo se punir por isso. Mas o pior é a voz da besta, a voz que o assombra desde o dia do acidente.


Algum tempo depois, ele descobre que houve um assassinato há alguns anos onde três corpos foram selvagemente atacados e seus membros arrancados pelo assassino. Jeremiah se convence de que precisa  desvendar o mistério como se sua sanidade dependesse disso, mas nem tudo é como parece e ele vai perceber que a história e a besta são bem mais profundas do que parece.


O livro tem um início bem lento e por isso demorei tanto para ler, mas ainda assim é uma escrita muito bem construída. No verso, comparam o autor a Stephen King - um dos meus autores favoritos- e sim, lembra muito a escrita do King, mas D'Andrea sabe deixar sua própria marca.


O Thriller se arrasta na medida certa para nos preparar para o ápice. Eu gostei que foi narrado em primeira pessoa, isso torna tudo mais pessoal e temos acesso as sensações do próprio Jeremiah Salinger e de todo o terror vivido por ele e a história que o vilarejo não parece querer relembrar.

Amantes do suspense, recomendo muito esse livro para vocês e imploro que insistam, pois a escrita é maravilhosa!















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